domingo, 6 de março de 2016

Tempos Silenciosos















Desenhando a angustia soprada no vento
A janela do tempo se abre em claros  círculos
Da  ingrata noite fria de inverno de cor pálida
Lamentando por um suspiro das nuvens no céu

Meus sentimentos nasceram de um rio cristalino
Como um cometa que vaga sem cauda e destino
Em um universo iluminado por inúmeras estrelas
No brotar do amanhecer de uma contemplada alma

Junto ao marda vida, sinto-me apenas grão de areia
Sem o bailar das formosas ondas de cada ano vivido
Onde me lanço como uma flecha no alvo da sensatez
Sentindo um pleno e bom senso do abraço ensolarado

Minhas asas batem pausadas na sincronia dos sonhos
Não vejo mais o som do ar, mais ouço a imagem da lua
Que em pensamentos surgem o degustar dos serenos dias
Exalados de lembranças com suáveis fragrâncias florais

O meu despertar ressoa de uma fruta madura de doce cor
Como a manhã  de coloridos sorrisos da gentil natureza
Em melodias cantadas pelos pássaros em terno silêncio
Que em curto tempo desliza por veredas longínquas.


                                             Autor: Alessandro Couto